Foi-se o tempo em que ter uma mesa de ping-pong, pufes coloridos, sala de “descompressão” e happy hours periódicos eram diferenciais das empresas para criar conexão entre os colaboradores. Desde que o home-office e modelos híbridos de trabalho se estabeleceram pós-pandemia, as companhias têm de lidar com o desafio de integrar os times, manter os colaboradores engajados, motivados e conectados aos valores da marca.
Hoje, essa é a realidade em ao menos 33% das empresas no Brasil, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), com dados de outubro de 2021 a outubro de 2022. De acordo com os pesquisadores, em 2021, 55% das empresas estavam adotando o trabalho remoto, total ou parcialmente. Mas, mesmo com a queda dessa porcentagem em 2022, por causa da flexibilização das restrições relacionadas à pandemia, esse número está longe de voltar aos níveis verificados antes da crise sanitária, quando apenas 7% das organizações adotavam modelos flexíveis de trabalho.
Se por um lado faz falta ter colegas de diferentes áreas sentando lado a lado no escritório e batendo papo na pausa para o café, é inegável que o formato home office e híbrido estão garantindo a melhora na qualidade de vida dos colaboradores – e, assim, melhorando a produtividade nas entregas.
Um outro estudo, do International Workplace Group (IWG), mostrou que, globalmente, o trabalho híbrido impulsionou a produtividade pessoal e alavancou o crescimento econômico, uma vez que esse crescimento das empresas está atrelado ao fato de que os profissionais podem ser mais eficientes ao escolher como e onde serão mais eficazes, definindo horários e alinhando ritmos para entregas.
Segundo o IWG, os modelos flexíveis são mais econômicos em comparação ao formato presencial, com economia média de US$ 11 mil dólares por ano a cada colaborador que atua em formato híbrido.
Diante desse cenário, como driblar a falta de comunicação e unidade entre os times e, ainda, com tornar as (muitas) horas em frente ao computador mais prazerosas e menos cansativas para os colaboradores?
O endomarketing deve ser aliado
Uma das ferramentas que podem ser utilizadas para melhorar essas questões é o Endomarketing – ou a chamada Comunicação Interna – da empresa. Cada vez mais, a tendência é que o time de Endomarketing crie comunidades virtuais, para que os colaboradores de diversas áreas interajam, além de espaços virtuais de diálogo e colaboração, cocriação entre as equipes, espaços de convivência e trocas digitais, workshops e salas de debate com temáticas de interesse de todos, como estímulo para a participação.
O importante é priorizar a construção de canais seguros e interativos para quem não tem a oportunidade de conviver fisicamente com o seu time.
É por meio do endomarketing que muitas empresas constroem um calendário ligado a efemérides que podem auxiliar na hora de pensar em propostas para esses os colaboradores de uma forma que garanta uma frequência de interações, seja em momentos festivos (datas comemorativas) ou até mesmo de aprendizados (webinários, podcasts, palestras etc).
Ok, e como fazer??
Aqui, na Ecomunica, por exemplo, fazemos semanalmente uma reunião online com todo o time, com o objetivo de integrar os colaboradores, transmitir os valores da empresa e desenvolver talentos. Nesses encontros, ministramos treinamentos técnicos, letramento em temas ligados à cultura e valores da empresa, propomos diálogos e estimulamos que os times exponham cases e troquem informações.
Além disso, em momentos mais informais, duas ações internas fizeram o maior sucesso entre os colaboradores. A primeira delas foi um bingo online de Festa Junina, que oferecia prêmios (créditos no cartão de benefícios) e muita diversão, com a apresentação dos números do bingo feita pela drag queen Mama Darling.
A outra ação que movimentou os times num momento de descontração foi a Festa de Halloween online, que contou com concurso de fantasia (incluindo prêmios aos ganhadores) e contação de histórias reais (ou nem tão reais assim) de assombração vividas pelos Ecomuniquers.
Algumas outras ações internas ainda contaram com concurso de fantasias, participações de humoristas e influenciadores, além de festas temáticas – tudo acompanhado por kits de comidas, bebidas e mimos para toda a equipe. Caso tenha achado a ideia interessante para replicar em sua empresa, vale a pena conhecer bem a cultura da companhia antes de escolher o(a) comediante que vai abrilhantar o evento.
A comunicação é aliada do colaborador
Um ponto de atenção para a Comunicação em ambiente digital é que tudo pode soar um pouco diferente no mundo virtual. Uma ação de feedback ao colaborador, por exemplo, que presencialmente poderia ser encarada como uma conversa tranquila, pode ter um peso diferente no modelo de trabalho à distância. Afinal, a interação humana presencial se dá por vários sentidos, micro expressões, gestos… E os meios digitais não têm como substituí-los.
Empatia, diálogo, feedbacks constantes e avaliações dos colaboradores aos novos métodos de comunicação são fundamentais para que as tentativas de conexão tenham mais chance de dar certo.
E também é preciso entender que tudo isso é muito recente e que nem todos os colaboradores podem se adaptar rapidamente. É importante levar em conta o processo, estudar o ambiente, perceber quem está mais ou menos adaptado e, principalmente, não forçar a barra nas interações entre os times. Entender os dois lados dessa moeda é um movimento imprescindível para encontrar o jeito certo de engajar a totalidade dos colaboradores.
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