Considerado uma das principais ferramentas para construção de reputação institucional das marcas, o LinkedIn tem se tornado uma das maiores vitrines para que as marcas se comuniquem com seus públicos – mas apenas por meio das páginas empresariais. De uns tempos para cá, dirigentes das maiores empresas do mundo estão percebendo que usar seus perfis pessoais para criar conteúdo é um baita trunfo.
Uma pesquisa feita pela HootSuite mostrou que empresas com lideranças ativas na internet são 23% melhor percebidas, e três a cada quatro consumidores afirmaram que ter um(a) CEO “influenciador(a)” torna a marca mais confiável. Outro estudo aponta que conteúdos postados por colaboradores da empresa têm 561% mais alcance do que o dos canais oficiais da marca. E quem nunca sonhou em ser uma referência em um determinado assunto que atire a primeira pedra, não é mesmo?
A estratégia tem sido chamada de Thought Leadership, que em portugês seria algo como “Liderança de Pensamento”, ou “Liderança Temática”. Ela ocorre quando um(a) profissional compartilha conteúdo, sempre informativo e opinativo, demonstrando que é expert em determinada área, nicho ou tema. É uma estratégia muito usada no marketing digital, nas redes sociais, em Lives, webnários, mas também funciona em palestras, cursos e produção de artigos, por exemplo.
Dessa forma, a pessoa constrói sua reputação e fortalece a marca pessoal, com relevância e autoridade, já que iniciam conversas e reflexões com a audiência e compartilham informações úteis que ajudam os seguidores a entender ou se aprofundar em determinado tema. E, de quebra, toda essa boa reputação acaba transferida para a empresa na qual o(a) Thought Leader trabalha. É a tal “humanização da marca”, beneficiando e aproximando a empresa do seu público final.
Mas isso é novidade?
A expressão Thought Leadership pode até ser nova, mas a gente aqui na Ecomunica já usa essa estratégia desde quando tudo era mato nas redes sociais. Isso porque trabalhar a reputação de porta-vozes das empresas é uma das atribuições de Relações Públicas. Por meio do Media Training, nosso papel sempre foi preparar pessoas em cargos executivos e colaboradores das companhias para que sejam reconhecidos como autoridades em seus mercados, aptos a dar entrevistas à imprensa, a escrever artigos, ou mesmo participar de eventos e palestras.
A liderança nas redes sociais vem acompanhando a evolução desse trabalho. Porém, essa corrida para as redes se intensificou sobremaneira após a pandemia de Covid-19, quando eventos e encontros presenciais foram cancelados, e o meio digital se tornou o campo principal de networking e construção de reputação.
Hoje, além de todo o trabalho de Media Training e preparação de porta-vozes das organizações, também atuamos junto às marcas no planejamento e criação de conteúdo estratégico para as redes pessoais dos(as) executivos(as) – um conteúdo que seja autêntico, que tenha o tom de voz característico daquela pessoa, que se relacione com os valores da marca e, no fim, proporcione uma verdadeira conversa com o público.
Será que o Thought Leadership é para todo mundo?
Muitos Thought Leaders são o(a) próprio(a) CEO ou o(a) fundador(a) da empresa, ou então aquela pessoa que é “a” personificação da marca. Mas essa não é a única regra. Há empresas com mais de um porta-voz nas redes – que nem sempre fazem parte da alta liderança. Mas uma coisa é certa: essas pessoas precisam ser experts em suas áreas.
O movimento de encontrar esse profissional precisa ser feito estrategicamente e, para isso, muitas vezes é preciso envolver técnicas de Media Training, para que o(a) profissional se saia bem em determinadas situações. Essa pessoa que vai agir como interlocutora da organização deve apresentar segurança sobre o assunto na hora de falar, além de estar alinhada com a cultura da empresa, saber qual o tom de voz da marca e quais são os territórios de conteúdo que pode explorar.
Também é preciso orientá-la sobre quais assuntos são sensíveis (ou mesmo proibidos) de postar e, principalmente, sobre como deve ser a interação com os seguidores. Isso porque, nas redes, estamos todos sujeitos a momentos sensíveis, críticas e até discurso de ódio dos chamados haters.
Caso essa escolha e preparo não sejam feitos de forma cuidadosa, o fato de ter um porta-voz inadequado pode ser um tiro no pé, acarretando uma crise de imagem que precisará ser gerida por profissionais de comunicação competentes, para que eventuais danos à reputação da marca sejam mitigados.
E onde podemos explorar?
Nos últimos anos, o LinkedIn se tornou terreno fértil para isso. É dentro dessa rede que líderes de grandes companhias estão explorando ao máximo a oportunidade de falar diretamente com o seu público e também com outras lideranças, trazendo seus apontamentos sobre governança, insights e tendências de mercado.
Esse movimento tem se tornado cada vez mais presente, tanto que a plataforma faz uma curadoria permanente de perfis para conceder a chancela de “Top Voice LinkedIn” – escolha feita a partir do volume de conteúdo, constância e engajamento dos posts.
E, como a influência digital tem se transformado numa das “soft skills” mais requisitadas para executivos e executivas das companhias, o Instagram e o TikTok também têm atraído CEOs de grandes corporações. No caso destas plataformas, os(as) Thought Leaders compartilham não apenas informações sobre o nicho, novidades sobre as organizações e valores da marca, mas também a rotina no escritório, momentos com família e amigos e dicas e inspirações sobre suas trajetórias profissionais.
E para além das redes sociais, há uma infinidade de canais que porta-vozes das marcas podem explorar, como por exemplo podcasts, eventos e veículos que conversem com o seu nicho e potencializam a sua imagem como autoridade em determinada temática.
Se você pretende usar essa estratégia para a sua marca em qualquer uma das redes, saiba que pode contar com a gente. Basta clicar aqui.
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