A Paralimpíada de Tóquio terminou no último domingo (05/9), mas não sem antes deixar seu legado, que vai além de bater o recorde de medalhas para o Brasil. Neste momento em que as pautas de diversidade e inclusão são urgentes nas empresas no contexto dos pilares ESG, intensificou-se a importância da Comunicação Inclusiva como parte fundamental de uma mudança de mentalidade social.
Nas últimas semanas, junto com os jogos paralímpicos, vimos inúmeros posts nas redes reforçando pontos básicos da linguagem inclusiva, como por exemplo ensinar que não se fala “deficiente”, “especial” ou “portador(a) de necessidades especiais” para se referir às pessoas com deficiência.
Justamente por entender que esse letramento é fundamental, recentemente o time Ecomunica participou de cursos de capacitação para Cultura de Inclusão, além de uma formação em audiodescrição. Mas sabemos que o mercado de Comunicação, como um todo, ainda engatinha na abordagem inclusiva correta e respeitosa.
Basta ver a cobertura da paralimpíada por parte da imprensa: teve até repórter de grande emissora falando ao vivo direto de Tóquio, sobre a vitória da atleta “deficiente visual”, além de reportagens em grandes telejornais citando o desempenho de atletas “deficientes”.
Felizmente, outra boa herança deixada pelos jogos paralímpicos são as reflexões da luta anticapacitista, principalmente nas redes sociais, como a importância da visibilidade de pessoas com deficiência, o direito à informação e a urgência em extinguir de vez o discurso de “pena”” que por muito tempo vigorou quando se fala em pessoa com deficiência. Mas, ainda assim, houve programas de TV que abordaram os jogos com o já ultrapassado mote de que os atletas paralímpicos são “guerreiros da superação”.
“De todas as matérias que fizeram sobre mim, quase 90% são sobre superação. Sempre com esse viés inconsciente: ‘Só de ela ser atleta já superou a deficiência, é uma guerreira’. Não é só isso. Vamos além? O que vem antes: a deficiência ou a pessoa? É a pessoa. Vamos pensar numa pessoa performando, pondo em prática o que treina e se aperfeiçoa diariamente”, disse a medalhista paralímpica e ativista LBGTQIA+ Edênia Garcia, no Globo Esporte (trecho citado nesta outra bela matéria do site Colabora).
Cartilha da Diversidade: um passo importante
Nesse momento, portanto, torna-se urgente que as marcas também busquem esse conhecimento como fez o C6 Bank, cliente da Ecomunica, que acaba de lançar a Cartilha de Diversidade e Inclusão da Carbon Holding (grupo de empresas ao qual pertence o C6 Bank).
Elaborada pela Ecomunica, em parceria com Meu Corpo É Real e Armonia Consultoria, a cartilha do C6 Bank é um passo importante na jornada de construir espaços cada vez mais respeitosos e diversos. Confira o resultado pelo LinkedIn.
É o tipo de iniciativa que as marcas podem fazer, independentemente do ponto onde estejam na jornada ESG. A informação e a educação para diversidade podem sim ser um tremendo passo para colocar em ação os valores de marca que poderiam ficar só no discurso.