Em 2012, pouco antes da cena política brasileira virar de cabeça para baixo, o mundo estava caminhando para a hiperconectividade que vemos hoje, com o crescimento das redes sociais e a ascensão meteórica dos (até então) chamados blogueiros, blogueiras e youtubers – o termo “influencers” começa a circular por aqui.
Neste mês de agosto, quando a Ecomunica completa 9 anos, paramos para pensar em como a Comunicação mudou em quase uma década. E, olha… haja mudança!
“Na época em que fundei a Ecomunica, as agências de comunicação pensavam separadamente as estratégias off-line das digitais – sendo que pouquíssimas tinham know-how para se aventurar no mundo digital. E eu sempre achei que a comunicação deveria ser 100% integrada, que muito em breve o mundo não teria fronteiras entre online e off-line. Além disso, queria construir um novo modelo de agência, mais inclusiva, diversa e sustentável, tanto para os colaboradores como para o planeta, algo bem disruptivo para a época”, explica Ellen Bileski, sócia-fundadora e CEO da Ecomunica.
Para as empresas, não ter conexão próxima e direta com o consumidor não era mais uma opção. Ou a marca começava a se relacionar diretamente com os clientes, ou os consumidores/seguidores falariam em nome da marca por meio das experiências de cada um.
Com o passar dos anos, inovações foram lançadas para atender a demanda da sociedade. A inclusão digital atingiu seu recorde, e as redes sociais assumiram um lugar de serviço essencial. Novas ferramentas nascem o tempo todo. Basta ver os Stories, Reels e lives com até quatro pessoas no Instagram, as lives do TikTok e YouTube, pagamentos via rede social, chamadas de vídeo e voz no Whatsapp, inúmeras alterações de algoritmo, novas formas e regras para a publicidade online, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e muito mais…
Hoje, a imagem da marca está completamente ligada à sua presença no digital. As ações de comunicação interna, que visam engajar os colaboradores, também devem estar alinhadas a todos os valores que a empresa publica externamente – o que engaja os times, atrai novos talentos e reforça assim o chamado employer branding.
Uma nova pauta trabalhada na imprensa, ou uma nova campanha com influenciadores impacta diretamente a reputação, as vendas, o relacionamento com os clientes. Tudo, de fato, está interligado, conforme previmos.
“No geral, eu também tinha um grande incômodo com a gestão do mercado de Comunicação, com a precarização no trabalho das agências, na qualidade de vida dos colaboradores, na falta de investimento em capital humano… Na época, via muitos clientes de grandes agências reclamaram do mau atendimento, mas, na verdade, era apenas um reflexo dessa precarização… Hoje, o mundo tem falado tanto de ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Governança), e sinto que a Ecomunica já nasceu com essas preocupações, numa época em que o mercado começava a se movimentar lentamente em relação a essas questões”, conta Ellen.
Hoje, nossa capacidade de se comunicar tem sido amplamente testada a cada dia. E isso estimula a gente aqui da Ecomunica para estar sempre antenada nas últimas tecnologias e em todas as novidades de marketing, PR e conteúdo. Mas sem perder de vista o mais importante: a conexão real entre as pessoas.
E o curioso é que, apesar da tecnologia, a maior revolução trazida pelas redes foi, sem dúvida, o fator humano, que alçou toda a sociedade ao posto de comunicador e influenciador. E a cada nova rede social que surge, precisamos aprender e desenvolver novas habilidades de comunicação: o que no começo era só texto em blog, hoje já conta com um olhar para a fotografia, para vídeos, lives e criatividade de sobra para passar mensagens e reflexões em vídeos curtos e bem editados.
Segue o fio e confira o quanto evoluímos em quase uma década – e pare pra pensar que essa evolução não acabou. Em breve, todo mundo vai estar se comunicando de maneira ainda mais veloz e dinâmica. Quer apostar?
O que mais mudou na Comunicação em nove anos: uma revolução integrada
- Em 2012, empresas ainda apostavam em revistas e nos chamados house organs para conversar com seus públicos. Hoje, o impresso quase entrou em extinção. É a vez das soluções online, como blogs, podcasts, redes sociais, revistas digitais e plataformas de conteúdo…
- A comunicação interna passa a ser multilateral e os colaboradores passam a ser protagonistas nos comunicados e participantes das conversas geradas. Um exemplo disso é o lançamento do WorkPlace pelo Facebook. Assim como é na rede pessoal, na corporativa os funcionários passam a abrir os debates.
- Ainda que o termo “podcast” tenha surgido em 2004, foi só no final dos anos 2010 que o formato de “rádio on demand” começou a virar hit.
- Acompanhamos o fim de diversos jornais e revistas impressos e o encolhimento das redações Brasil afora… Alguns títulos sobrevivem apenas no digital hoje em dia… Hoje, das edições impressas de revistas e de jornais diário, nenhum tem mais de 100 mil exemplares por dia (segundo o IVC- Instituto de Verificação de Circulação).